Entrevista
Ildefonso do Espírito Santo:
“Falta entusiasmo ao movimento espírita”
Como se deu sua participação no movimento espírita da Bahia?
Eu vivi um movimento espírita que não existe mais. O tempo da USEB, para mim, foi a melhor época do movimento espírita na Bahia.
Qual a diferença em relação a hoje?
Hoje tem uma rotina, mas naquele tempo era um grupo de jovens interessados, que viajavam daqui para ali, para acolá, então, na minha visão, tinha muito mais entusiasmo pra todo mundo: para quem estava dentro e quem estava fora.
O movimento era mais vigoroso.
Mais vigoroso! Tinha um grupo de jovens... Eu me apaixonei pelo Espiritismo na União Espírita Baiana. Quando fui fazer vestibular, eu já conhecia o Espiritismo, meus pais eram espíritas, não de carteirinha, mas eram. E eu encontrei na União aquele ambiente com uma porção de jovens entrando – Francisco Bispo, Jayme Batista, que veio depois, Virgílio Sobrinho... Naquela época fizemos um curso de jornalismo espírita. Então, foi aquele movimento, de viajar e tal, por isso me entusiasmei muito pelo Espiritismo.
E quando é que surge a USEB?
A União Social Espírita da Bahia foi um órgão criado em consequência do Pacto Áureo, que prescrevia uma porção de coisas e os jovens se entusiasmaram com aquilo e começamos a trabalhar muito a partir daí. Hoje é que o movimento está devagar, enquanto o mundo está fervendo. Mas tudo tem sua razão de ser.
O que representou o Pacto Áureo para a vivência do Espiritismo?
O Pacto Áureo foi um momento de grande importância para o movimento espírita no Brasil, mas logo depois as pessoas foram se inspirando cada vez mais no Catolicismo e nas outras religiões. E o próprio Kardec disse que o Espiritismo não era religião – é uma ciência filosófica de consequências morais, mas que iria a qualquer lugar onde qualquer religião fosse. Então, eu vejo no Espiritismo um processo educativo de primeira grandeza, em que você começa a conhecer cada vez mais a Natureza e entender a administração de Deus e a delegação que Ele deu a Jesus, para poder fazer como se fosse Ele. E como toda terça-feira, em meu lar, eu faço o culto do Evangelho segundo o Espiritismo, eu fico encantado em ver como as coisas se explicam, porque se tudo isso for mentira, vale a pena você seguir, até que apareça coisa melhor.
O espírito científico da Doutrina se perdeu, nos dias atuais?
Não, eu acho que não se perdeu, mas não está sendo utilizado como eu acho que precisaria. O mundo ferve... o Brasil, hoje, é uma das economias mais esperançosas do globo – tudo isso faz com que o movimento espírita desponte como um movimento másculo, que estivesse aí mostrando sua face construtiva. Mas eu fico satisfeito em ver que ele não está parado, não é?
O que fará com que o movimento recobre a pujança de antes?
- Eu não sei, mas é preciso que isso seja discutido entre as lideranças.
Ildefonso do Espírito Santo:
“Falta entusiasmo ao movimento espírita”
Médico sanitarista, Ildefonso é fundador da Associação de Medicina e Espiritismo da Bahia e já ocupou a presidência da Federação Espírita do Estado da Bahia, num processo natural, como disse, em consequência de sua atuação. Em sua casa, no bairro da Lapinha, possui um rico acervo bibliográfico e documental a que pretende dar uma finalidade útil, para preservar boa parte da memória do movimento espírita da Bahia.
Como se deu sua participação no movimento espírita da Bahia?
Eu vivi um movimento espírita que não existe mais. O tempo da USEB, para mim, foi a melhor época do movimento espírita na Bahia.
Qual a diferença em relação a hoje?
Hoje tem uma rotina, mas naquele tempo era um grupo de jovens interessados, que viajavam daqui para ali, para acolá, então, na minha visão, tinha muito mais entusiasmo pra todo mundo: para quem estava dentro e quem estava fora.
O movimento era mais vigoroso.
Mais vigoroso! Tinha um grupo de jovens... Eu me apaixonei pelo Espiritismo na União Espírita Baiana. Quando fui fazer vestibular, eu já conhecia o Espiritismo, meus pais eram espíritas, não de carteirinha, mas eram. E eu encontrei na União aquele ambiente com uma porção de jovens entrando – Francisco Bispo, Jayme Batista, que veio depois, Virgílio Sobrinho... Naquela época fizemos um curso de jornalismo espírita. Então, foi aquele movimento, de viajar e tal, por isso me entusiasmei muito pelo Espiritismo.
E quando é que surge a USEB?
A União Social Espírita da Bahia foi um órgão criado em consequência do Pacto Áureo, que prescrevia uma porção de coisas e os jovens se entusiasmaram com aquilo e começamos a trabalhar muito a partir daí. Hoje é que o movimento está devagar, enquanto o mundo está fervendo. Mas tudo tem sua razão de ser.
O que representou o Pacto Áureo para a vivência do Espiritismo?
O Pacto Áureo foi um momento de grande importância para o movimento espírita no Brasil, mas logo depois as pessoas foram se inspirando cada vez mais no Catolicismo e nas outras religiões. E o próprio Kardec disse que o Espiritismo não era religião – é uma ciência filosófica de consequências morais, mas que iria a qualquer lugar onde qualquer religião fosse. Então, eu vejo no Espiritismo um processo educativo de primeira grandeza, em que você começa a conhecer cada vez mais a Natureza e entender a administração de Deus e a delegação que Ele deu a Jesus, para poder fazer como se fosse Ele. E como toda terça-feira, em meu lar, eu faço o culto do Evangelho segundo o Espiritismo, eu fico encantado em ver como as coisas se explicam, porque se tudo isso for mentira, vale a pena você seguir, até que apareça coisa melhor.
O espírito científico da Doutrina se perdeu, nos dias atuais?
Não, eu acho que não se perdeu, mas não está sendo utilizado como eu acho que precisaria. O mundo ferve... o Brasil, hoje, é uma das economias mais esperançosas do globo – tudo isso faz com que o movimento espírita desponte como um movimento másculo, que estivesse aí mostrando sua face construtiva. Mas eu fico satisfeito em ver que ele não está parado, não é?
O que fará com que o movimento recobre a pujança de antes?
- Eu não sei, mas é preciso que isso seja discutido entre as lideranças.
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