segunda-feira, 9 de julho de 2012
Número 20 - Capa
Ano VI - N. 20 - ABR. - MAI. - JUN. 2012
EDITORIAL
Preconceito
Angélica Santos
Preconceito é uma opinião adotada sem o devido exame ou conhecimento prévio que pode causar danos morais ou materiais às pessoas, grupos ou mesmo denegrir sistemas, religiosos ou não. O preconceito ainda nos leva à vivência da superstição ou a adotar determinadas crendices quanto às coisas ou pessoas que prejulgamos sem os conhecimentos necessários.
O Movimento Espírita não está isento desse sentimento e muitas vezes perde trabalhadores entre pessoas que teriam oportunidade de servir à causa e às nossas casas, se isso não lhes fosse negado.
Preconceito de cor, de opção sexual, de religião... julgamentos preconcebidos a respeito do outro sem conhecer-lhes as possibilidades ou mesmo seus conhecimentos doutrinários. Aliás, o preconceito não nos deixa julgar com isenção de ânimo a verdade a respeito do ser em julgamento.
A Doutrina Espírita, através das páginas do Evangelho, preconiza lições como: “não julgueis para não serdes julgados”, “amar ao próximo como a si mesmo” e outros sublimes ensinamentos que nos levam a meditar por que em nosso meio esse sentimento ainda prevalece.
As casas que verdadeiramente seguem as orientações dadas pelo mestre lionês deveriam abominar esse sentimento mesquinho e injusto, sobretudo para com aqueles que buscam as nossas instituições para serem ajudados e terminam sendo repudiados.
Naturalmente, não é esse sentimento vivenciado em todos os ambientes espíritas, mas em muitos ele existe, às vezes de maneira camuflada. Depois de ter vivenciado nesse meio ao longo de 40 anos, sei o que digo, embora na atualidade possamos afirmar que as coisas melhoraram.
Em minha opinião, calcada nos conhecimentos doutrinários, todos os seres são nossos irmãos, cada um vivenciando o patamar em que precisa estar. Na casa espírita em que me encontro, todos são iguais, tendo os mesmos direitos e oportunidades.
Espero não estar em contradição com a Doutrina que amo e que pratico, mas é assim que vejo, ainda que, no presente, as ideias tenham melhorado.
***
Leia nesta edição:
O ator Paulo Figueiredo dirige a mais recente produção espírita do país, o filme “E a vida continua...”, sobre a obra do Espírito André Luiz. Entrevista com ele na Página 4.
Quando os espíritos querem fazer chegar suas mensagens a alguém, eles sempre dão um jeitinho, afinal, o telefone só toca de lá para cá, diz José Medrado em seu artigo. Página 8
Diretor da FEB, Antonio César Perri de Carvalho esteve em Salvador no mês de março para o seminário de encerramento da Caminhada da Fraternidade 2012. Página 2
A partir de agora, as edições da Revista Espírita, poduzida atualmente pelo Conselho Espírita Internacional, vão circular unicamente na versão eletrônica. Página 7
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Luiz Olímpio Teles de Menezes - patrono da imprensa espírita brasileira.
Bahia, 1828 - Rio de Janeiro, 1893
Número 20 - Página 2
MOVIMENTO
Caravana da Fraternidade e o Evangelho na Bahia
A Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) promoveu a Caravana Baiana da Fraternidade 2012, que percorreu a capital e a região metropolitana entre os meses de fevereiro e março. O tema adotado foi “Vivendo o Evangelho na construção do homem de bem”. O encerramento ocorreu no dia 1.º de abril, nas dependências do Centro Espírita Deus, Luz e Verdade, em Salvador, com evento coordenado pelo presidente da FEEB, André Luiz Peixinho, e contando com atuação do secretário geral do Conselho Federativo Nacional (CFN) da Federação Espírita Brasileira (FEB), Antonio Cesar Perri de Carvalho (foto), que abordou o tema “Os trabalhadores cristãos e espíritas, com base no livro Paulo e Estêvão”.
***
CURTAS
O C. E. Deus, Luz e Verdade, localizado na Vila Laura, realiza no dia 15 de julho, pela manhã (das 8h30 às 12h), o seminário Estigmas Segundo a Psicologia do Espírito, baseado no mais recente livro do escritor, expositor e dirigente espírita baiano Adenáuer Novaes, condutor das atividades. Cada ingresso, à venda na Livraria Renovar ao custo de R$20,00, dá direito a um exemplar do livro.
O escritor e palestrante baiano Cláudio Emanuel Abdala, dirigente da Sociedade Espírita Campo da Paz, acaba de lançar mais um livro: Mubzi – Mistério Negro na Bahia. Trata-se de uma obra sem vinculação com o Espiritismo a não ser pelo fato de ter sido recebida por inspiração, conforme o autor.
O C. E. Luz e Caridade, localizado no Barbalho, comemorou no mês de junho seus 57 anos de atividades em prol do esclarecimento e da assistência social e espiritual à comunidade soteropolitana. Seu dirigente, Leovigildo Santana, foi o entrevistado em nossa edição n.° 18.
***
EXPEDIENTE
Centro Espírita Lar João Batista
Rua Prediliano Pita, 58 - Fazenda Garcia - Salvador (BA) - Tel.: 3332-3733
Diretoria
Presidente – Angélica Souza Santos; Vice-Presidente – Erotildes de Jesus Silva; 1º. Secretário – Vera Myrtes de Oliveira Vargas; 2º. Secretário – Carolina Edith Santos Monteiro Lopes; 1ª. Tesoureira – Lindinalva Socorro de Souza; 2ª. Tesoureira – Jorsé Hermínio Araújo Pereira; Conselho Fiscal – Celina Pires Gomes, Auri Magalhães do Nascimento e Izabel Maria Teles Tavares; Departamento Assistencial e Promoção Social – Jane Selma Néri dos Reis; Departamento Comunicação Social – Jéssica Néri dos Reis Neves; Departamento Doutrinário – Ivan Cezar Pimentel do Nascimento; Departamento Infanto-Juvenil – Nadja Apóstolo; Departamento Mediúnico – Clélia Catay Medrado;
Departamento Patrimonial – Jurandir Sena.
Tribuna Espírita de Salvador
Jornalista responsável - Angélica S. Santos - MTb 1013; Editores - Angélica Santos e Francisco Muniz;
Revisão - Euclésia Costa e Lindinalva Souza; Tiragem - 1.000 exemplares; Periodicidade - trimestral;
Contatos - tesalvador@gmail.com ou angel.santos29@yahoo.com.br / telefax: 3332-3733.
Caravana da Fraternidade e o Evangelho na Bahia
A Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) promoveu a Caravana Baiana da Fraternidade 2012, que percorreu a capital e a região metropolitana entre os meses de fevereiro e março. O tema adotado foi “Vivendo o Evangelho na construção do homem de bem”. O encerramento ocorreu no dia 1.º de abril, nas dependências do Centro Espírita Deus, Luz e Verdade, em Salvador, com evento coordenado pelo presidente da FEEB, André Luiz Peixinho, e contando com atuação do secretário geral do Conselho Federativo Nacional (CFN) da Federação Espírita Brasileira (FEB), Antonio Cesar Perri de Carvalho (foto), que abordou o tema “Os trabalhadores cristãos e espíritas, com base no livro Paulo e Estêvão”.
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CURTAS
O C. E. Deus, Luz e Verdade, localizado na Vila Laura, realiza no dia 15 de julho, pela manhã (das 8h30 às 12h), o seminário Estigmas Segundo a Psicologia do Espírito, baseado no mais recente livro do escritor, expositor e dirigente espírita baiano Adenáuer Novaes, condutor das atividades. Cada ingresso, à venda na Livraria Renovar ao custo de R$20,00, dá direito a um exemplar do livro.
O escritor e palestrante baiano Cláudio Emanuel Abdala, dirigente da Sociedade Espírita Campo da Paz, acaba de lançar mais um livro: Mubzi – Mistério Negro na Bahia. Trata-se de uma obra sem vinculação com o Espiritismo a não ser pelo fato de ter sido recebida por inspiração, conforme o autor.
O C. E. Luz e Caridade, localizado no Barbalho, comemorou no mês de junho seus 57 anos de atividades em prol do esclarecimento e da assistência social e espiritual à comunidade soteropolitana. Seu dirigente, Leovigildo Santana, foi o entrevistado em nossa edição n.° 18.
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EXPEDIENTE
Centro Espírita Lar João Batista
Rua Prediliano Pita, 58 - Fazenda Garcia - Salvador (BA) - Tel.: 3332-3733
Diretoria
Presidente – Angélica Souza Santos; Vice-Presidente – Erotildes de Jesus Silva; 1º. Secretário – Vera Myrtes de Oliveira Vargas; 2º. Secretário – Carolina Edith Santos Monteiro Lopes; 1ª. Tesoureira – Lindinalva Socorro de Souza; 2ª. Tesoureira – Jorsé Hermínio Araújo Pereira; Conselho Fiscal – Celina Pires Gomes, Auri Magalhães do Nascimento e Izabel Maria Teles Tavares; Departamento Assistencial e Promoção Social – Jane Selma Néri dos Reis; Departamento Comunicação Social – Jéssica Néri dos Reis Neves; Departamento Doutrinário – Ivan Cezar Pimentel do Nascimento; Departamento Infanto-Juvenil – Nadja Apóstolo; Departamento Mediúnico – Clélia Catay Medrado;
Departamento Patrimonial – Jurandir Sena.
Tribuna Espírita de Salvador
Jornalista responsável - Angélica S. Santos - MTb 1013; Editores - Angélica Santos e Francisco Muniz;
Revisão - Euclésia Costa e Lindinalva Souza; Tiragem - 1.000 exemplares; Periodicidade - trimestral;
Contatos - tesalvador@gmail.com ou angel.santos29@yahoo.com.br / telefax: 3332-3733.
Número 20 - Página 3
MEMÓRIA
Luiz OlímpioTeles de Menezes: pioneiro do Espiritismo no Brasil
O berço mundial do Espiritismo foi a França, mas podemos considerar que, no Brasil, a nascente dos fenômenos provocados pelos espíritos foi a cidade de Salvador, na Bahia, desde os idos de 1853, antes mesmo da iniciação de Allan Kardec.
Desde 1853, portanto, já aconte-ciam noticiários sobre os fenônemos das “tables mouvan-tes” ou “tables parlantes”, que agitavam, desde 1850, a Europa e os Estados Unidos.
Há registros de ocorrências de “intercâmbio com os mortos”, porém, desde 1845, no antigo Distrito de Mata de São João, hoje município distante 62 km de Salvador, conforme queixa assinada por um juiz municipal, datada de 24 de maio daquele ano, apresentada ao tenente-general presidente da Província, contra pessoas “que faziam reuniões noturnas a pretexto de se ouvirem revelações de almas de mortos que se fingem aparecer”.
Oito anos após o lançamento de ”O Livro dos Espíritos”, o Espiritismo da Bahia era citado na ”Revista Espírita”, em 1865, devido a um episódio ocorrido em Salvador envolvendo o taquígrafo da Assembléia Legislativa, Luiz Olímpio Teles de Menezes, que escreveu no “Diário da Bahia” um artigo-réplica refutando crônica que depreciava “O Livro dos Espíritos”, publicada no jornal francês ”Gazeta Médialle”, de Paris.
Luiz Olímpio Teles de Menezes tornou-se o espírita de maior expressão da Bahia. Nascido soteropolitano, em 26 de julho de 1825, foi, sem dúvida, um extraordinário precursor e divulgador do Espiritismo. A ele devemos a fundação, a 17 de setembro de 1865, em Salvador, do primeiro Centro Espírita do Brasil, o Grupo Familiar do Espiritismo, do qual foi seu fiel dirigente.
A preocupação, porém, de Luiz Olímpio Teles de Menezes era a divulgação da Doutrina, em face do valor e da excelência dos postulados, e em julho de 1869 lança o primeiro periódico espírita em território brasileiro, o “Eco d’Além Túmulo”, por ele denominado “Monitor do Espiritismo no Brasil”, sendo citado na “Revue Spirit” de outubro de 1869.
Teles de Me-nezes trabalhou durante 30 anos como taquígrafo da Assembleia Legislativa da Bahia, acumu-lando muitos e variados conhe-cimentos, que lhe granjearam o res-peito e a consi-deração de inúmeras pes-soas altamente colocadas na sociedade de Salvador.
Dedicou-se ao magistério particular e às letras, fundou o jornal “A Época Literária”, foi diretor do Instituto Histórico da Bahia, colaborou com vários jornais, escreveu livros e, na presidência do “Grupo Familiar do Espiritismo”, distinguiu-se pelo seu ânimo forte, pela sua cultura e elevação de sentimentos, suportando com destemor e firmeza d’alma o espírito zombeteiro dos incrédulos e materialistas.
Grande orador, possuidor de vasto cabedal de conhecimentos doutri-nários, fez inúmeras conferências em Salvador e cidades do Estado da Bahia, sempre levando o entusiasmo e o bom ânimo.
Cumprida sua tarefa na Bahia, rumou para o Rio de Janeiro, onde fixou residência, trabalhando, a partir de 1879, na distinta e culta corporação taquigráfica do Senado e do Império.
Sob longos e dolorosos padeci-mentos causados pela nefrite, no dia 16 de março de 1893, com 68 anos, desencarnou, em pobreza extrema, sendo seu enterro feito às expensas de dois colegas taquígrafos. Jornais do Rio e da Bahia lhe prestaram homenagens e seu nome foi incluído em três grandes enciclopédias, inclusive na Delta-Larousse e nos Dicionários Biblio-gráficos Brasileiro e Português.
O nome e os feitos de Luiz Olímpio Teles de Menezes, exemplo de tenacidade e fortaleza, conservar-se-ão nos Anais da História do Espiritismo no Brasil.
***
Programação de Atividades do C. E. Lar João Batista
Doutrinárias – Domingo, 10 horas; segunda-feira, 20 horas; quinta-feira, 16 horas.
Passes - Segunda-feira, 16 às 18 horas; terça, 16h30 às 18h; quarta, 10 às 11 e 16 às 18h; quinta, 17 às 18 e 19 às 20h; sexta, 16 às 18h; sábado, 15h30 às 16h30.
Entrevistas - Quarta-feira, 10 às 11 horas; sexta-feira, 15h30 às 17h30.
Escola mediúnica - Quinta-feira, 20 às 21 horas; sábado, 15 às 16h30.
Curso básico - Quinta-feira, 20 às 21h30; sábado, 15 às 16h30; domingo, 9h30 às 11 horas.
Grupos de estudo - Terça-feira, 20 às 21h30; quarta-feira, 9 às 10h; quinta-feira, 20 às 21h30; sexta-feira, 15 às 16h.
Evangelização – sábado, 8h30 às 10 horas.
Pré-requisito para acesso a grupos de estudo: ter o curso básico.
“O amor que compreende o erro é êmulo do amor que educa, da mesma forma que o amor que perdoa promove o amor que salva.”
(Joanna de Angelis)
Luiz OlímpioTeles de Menezes: pioneiro do Espiritismo no Brasil
O berço mundial do Espiritismo foi a França, mas podemos considerar que, no Brasil, a nascente dos fenômenos provocados pelos espíritos foi a cidade de Salvador, na Bahia, desde os idos de 1853, antes mesmo da iniciação de Allan Kardec.
Desde 1853, portanto, já aconte-ciam noticiários sobre os fenônemos das “tables mouvan-tes” ou “tables parlantes”, que agitavam, desde 1850, a Europa e os Estados Unidos.
Há registros de ocorrências de “intercâmbio com os mortos”, porém, desde 1845, no antigo Distrito de Mata de São João, hoje município distante 62 km de Salvador, conforme queixa assinada por um juiz municipal, datada de 24 de maio daquele ano, apresentada ao tenente-general presidente da Província, contra pessoas “que faziam reuniões noturnas a pretexto de se ouvirem revelações de almas de mortos que se fingem aparecer”.
Oito anos após o lançamento de ”O Livro dos Espíritos”, o Espiritismo da Bahia era citado na ”Revista Espírita”, em 1865, devido a um episódio ocorrido em Salvador envolvendo o taquígrafo da Assembléia Legislativa, Luiz Olímpio Teles de Menezes, que escreveu no “Diário da Bahia” um artigo-réplica refutando crônica que depreciava “O Livro dos Espíritos”, publicada no jornal francês ”Gazeta Médialle”, de Paris.
Luiz Olímpio Teles de Menezes tornou-se o espírita de maior expressão da Bahia. Nascido soteropolitano, em 26 de julho de 1825, foi, sem dúvida, um extraordinário precursor e divulgador do Espiritismo. A ele devemos a fundação, a 17 de setembro de 1865, em Salvador, do primeiro Centro Espírita do Brasil, o Grupo Familiar do Espiritismo, do qual foi seu fiel dirigente.
A preocupação, porém, de Luiz Olímpio Teles de Menezes era a divulgação da Doutrina, em face do valor e da excelência dos postulados, e em julho de 1869 lança o primeiro periódico espírita em território brasileiro, o “Eco d’Além Túmulo”, por ele denominado “Monitor do Espiritismo no Brasil”, sendo citado na “Revue Spirit” de outubro de 1869.
Teles de Me-nezes trabalhou durante 30 anos como taquígrafo da Assembleia Legislativa da Bahia, acumu-lando muitos e variados conhe-cimentos, que lhe granjearam o res-peito e a consi-deração de inúmeras pes-soas altamente colocadas na sociedade de Salvador.
Dedicou-se ao magistério particular e às letras, fundou o jornal “A Época Literária”, foi diretor do Instituto Histórico da Bahia, colaborou com vários jornais, escreveu livros e, na presidência do “Grupo Familiar do Espiritismo”, distinguiu-se pelo seu ânimo forte, pela sua cultura e elevação de sentimentos, suportando com destemor e firmeza d’alma o espírito zombeteiro dos incrédulos e materialistas.
Grande orador, possuidor de vasto cabedal de conhecimentos doutri-nários, fez inúmeras conferências em Salvador e cidades do Estado da Bahia, sempre levando o entusiasmo e o bom ânimo.
Cumprida sua tarefa na Bahia, rumou para o Rio de Janeiro, onde fixou residência, trabalhando, a partir de 1879, na distinta e culta corporação taquigráfica do Senado e do Império.
Sob longos e dolorosos padeci-mentos causados pela nefrite, no dia 16 de março de 1893, com 68 anos, desencarnou, em pobreza extrema, sendo seu enterro feito às expensas de dois colegas taquígrafos. Jornais do Rio e da Bahia lhe prestaram homenagens e seu nome foi incluído em três grandes enciclopédias, inclusive na Delta-Larousse e nos Dicionários Biblio-gráficos Brasileiro e Português.
O nome e os feitos de Luiz Olímpio Teles de Menezes, exemplo de tenacidade e fortaleza, conservar-se-ão nos Anais da História do Espiritismo no Brasil.
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Programação de Atividades do C. E. Lar João Batista
Doutrinárias – Domingo, 10 horas; segunda-feira, 20 horas; quinta-feira, 16 horas.
Passes - Segunda-feira, 16 às 18 horas; terça, 16h30 às 18h; quarta, 10 às 11 e 16 às 18h; quinta, 17 às 18 e 19 às 20h; sexta, 16 às 18h; sábado, 15h30 às 16h30.
Entrevistas - Quarta-feira, 10 às 11 horas; sexta-feira, 15h30 às 17h30.
Escola mediúnica - Quinta-feira, 20 às 21 horas; sábado, 15 às 16h30.
Curso básico - Quinta-feira, 20 às 21h30; sábado, 15 às 16h30; domingo, 9h30 às 11 horas.
Grupos de estudo - Terça-feira, 20 às 21h30; quarta-feira, 9 às 10h; quinta-feira, 20 às 21h30; sexta-feira, 15 às 16h.
Evangelização – sábado, 8h30 às 10 horas.
Pré-requisito para acesso a grupos de estudo: ter o curso básico.
“O amor que compreende o erro é êmulo do amor que educa, da mesma forma que o amor que perdoa promove o amor que salva.”
(Joanna de Angelis)
Número 20 - Página 4
ENTREVISTA - Paulo Figueiredo
“E a vida continua...” chega às telas
Em agosto deste ano estreia nos cinemas brasileiros o filme “E a vida continua...”, produção que focaliza mais um livro do Espírito André Luiz por Chico Xavier. A direção é de Paulo Figueiredo (foto), conhecido ator e diretor de novelas e peças teatrais, que nesta entrevista (excerto), concedida originalmente à revista Reformador, da FEB, comenta sua atuação como roteirista e diretor da obra cinematográfica.
Qual foi sua motivação para introduzir temas espíritas em teatro, televisão e cinema?
Um dos principais motivos é a conhecida influência que essas mídias exercem sobre o grande público. Televisão, cinema, teatro, acredito que nessa ordem, são poderosos modificadores sociais. A moda, o falar, o gestual, a discussão sobre temas do momento sofrem alterações em ritmo impressionante, mais ainda na população jovem. Utilizado, em sua maior parte, para expor publicamente o que o ser humano carrega de vergonhoso na bagagem de vícios, em sua peregrinação pelo Planeta, esse imenso poder de comunicação e sedução parece estar, quase que inteiramente, a serviço de lideranças espirituais suspeitas. Mostram na tela ou no palco a face espúria dos personagens, a maldade, a violência vingada sem a contrapartida do perdão, do resgate, dos mais nobres sentimentos humanos, da evolução espiritual, enfim. Isso é trabalho inútil, improdutivo. Entendo que, se levarmos para a tela ou para o palco histórias de superação, de vitória sobre o erro, podemos até não atingir multidões, mas boa parte dela terá o que pensar minutos antes de dormir. E A Vida Continua... foi transposto da literatura para o cinema e a TV com o fim de usar tais meios de comunicação para veicular ideias e conceitos exemplares.
E como surgiu a ideia de produzir o filme E A Vida Continua...?
Recentemente, por volta de 2004, tive o prazer de conhecer e privar da amizade de um homem chamado Oceano Vieira de Melo, historiador, documentarista, muito dedicado a estudos profundos do Espiritismo e de seus mais célebres expoentes. Afinidades e objetivos comuns vieram à tona levando-nos a unir experiências profissionais e vivências do cotidiano com a velha vontade de ajudar, através do cinema, na divulgação de histórias sempre tão atuais, dessas que impressionam e ao mesmo tempo levam à reflexão, sobre questões em geral muito próximas do dia a dia de todos nós, humanos, aprendendo a viver. A parceria surgiu sem esforço, e o sonho engavetado voltou decidido a virar realidade. Fizemos, enfim, E A Vida Continua...!
Quais suas percepções ao trabalhar o livro e elaborar o roteiro do filme?
Há trinta e tantos anos, escrevi uma peça teatral (inacabada) e dei-lhe o mesmo nome do livro no qual me inspirei: E A Vida Continua... Essa obra literária era minha conhecida, um dos romances espíritas mais expressivos que já havia lido. Eu sentia como uma espécie de dever a ser cumprido, contar aquela história para o grande público, através de algum meio artístico. Busquei estimular parceiros no ambiente artístico e fora dele, para que embarcassem comigo no projeto. Logo descobri a inviabilidade da minha pretensão, e o script incompleto mergulhou na gaveta e lá ficou. Nosso sempre querido Chico Xavier me deu conselhos a respeito. Por algum motivo, eu sabia que o futuro me reservaria a sonhada oportunidade. Num processo que considero intuitivo, percebi que as ideias têm seu tempo de nascer e amadurecer. A opção pelo cinema surgiu em 2002, e, mesmo sem nenhuma perspectiva concreta, comecei a trabalhar no roteiro, depurando-o continuamente através de 11 tratamentos, até que se mostrou satisfatório. Dois anos foi o tempo dedicado a esse trabalho. Uma tarefa que me trouxe paz e aprendizado. Cansaço, nunca. Testemunha muda e paciente foi o exemplar do livro que usei como base. De suas páginas esfaceladas, rabiscadas com canetas de todas as cores, foi-me permitido extrair meu roteiro.
“E a vida continua...” chega às telas
Em agosto deste ano estreia nos cinemas brasileiros o filme “E a vida continua...”, produção que focaliza mais um livro do Espírito André Luiz por Chico Xavier. A direção é de Paulo Figueiredo (foto), conhecido ator e diretor de novelas e peças teatrais, que nesta entrevista (excerto), concedida originalmente à revista Reformador, da FEB, comenta sua atuação como roteirista e diretor da obra cinematográfica.
Qual foi sua motivação para introduzir temas espíritas em teatro, televisão e cinema?
Um dos principais motivos é a conhecida influência que essas mídias exercem sobre o grande público. Televisão, cinema, teatro, acredito que nessa ordem, são poderosos modificadores sociais. A moda, o falar, o gestual, a discussão sobre temas do momento sofrem alterações em ritmo impressionante, mais ainda na população jovem. Utilizado, em sua maior parte, para expor publicamente o que o ser humano carrega de vergonhoso na bagagem de vícios, em sua peregrinação pelo Planeta, esse imenso poder de comunicação e sedução parece estar, quase que inteiramente, a serviço de lideranças espirituais suspeitas. Mostram na tela ou no palco a face espúria dos personagens, a maldade, a violência vingada sem a contrapartida do perdão, do resgate, dos mais nobres sentimentos humanos, da evolução espiritual, enfim. Isso é trabalho inútil, improdutivo. Entendo que, se levarmos para a tela ou para o palco histórias de superação, de vitória sobre o erro, podemos até não atingir multidões, mas boa parte dela terá o que pensar minutos antes de dormir. E A Vida Continua... foi transposto da literatura para o cinema e a TV com o fim de usar tais meios de comunicação para veicular ideias e conceitos exemplares.
E como surgiu a ideia de produzir o filme E A Vida Continua...?
Recentemente, por volta de 2004, tive o prazer de conhecer e privar da amizade de um homem chamado Oceano Vieira de Melo, historiador, documentarista, muito dedicado a estudos profundos do Espiritismo e de seus mais célebres expoentes. Afinidades e objetivos comuns vieram à tona levando-nos a unir experiências profissionais e vivências do cotidiano com a velha vontade de ajudar, através do cinema, na divulgação de histórias sempre tão atuais, dessas que impressionam e ao mesmo tempo levam à reflexão, sobre questões em geral muito próximas do dia a dia de todos nós, humanos, aprendendo a viver. A parceria surgiu sem esforço, e o sonho engavetado voltou decidido a virar realidade. Fizemos, enfim, E A Vida Continua...!
Quais suas percepções ao trabalhar o livro e elaborar o roteiro do filme?
Há trinta e tantos anos, escrevi uma peça teatral (inacabada) e dei-lhe o mesmo nome do livro no qual me inspirei: E A Vida Continua... Essa obra literária era minha conhecida, um dos romances espíritas mais expressivos que já havia lido. Eu sentia como uma espécie de dever a ser cumprido, contar aquela história para o grande público, através de algum meio artístico. Busquei estimular parceiros no ambiente artístico e fora dele, para que embarcassem comigo no projeto. Logo descobri a inviabilidade da minha pretensão, e o script incompleto mergulhou na gaveta e lá ficou. Nosso sempre querido Chico Xavier me deu conselhos a respeito. Por algum motivo, eu sabia que o futuro me reservaria a sonhada oportunidade. Num processo que considero intuitivo, percebi que as ideias têm seu tempo de nascer e amadurecer. A opção pelo cinema surgiu em 2002, e, mesmo sem nenhuma perspectiva concreta, comecei a trabalhar no roteiro, depurando-o continuamente através de 11 tratamentos, até que se mostrou satisfatório. Dois anos foi o tempo dedicado a esse trabalho. Uma tarefa que me trouxe paz e aprendizado. Cansaço, nunca. Testemunha muda e paciente foi o exemplar do livro que usei como base. De suas páginas esfaceladas, rabiscadas com canetas de todas as cores, foi-me permitido extrair meu roteiro.
Número 20 - Página 5
NOTÍCIAS
TVCEI expande seu sinal
Criada em 2006 pelo Conselho Espírita Internacional (CEI), a TVCEI vem expandindo seu sinal que hoje se estende, além da internet, à transmissão via satélite e operadoras de TV a cabo. “Já estamos com nosso sinal presente em mais de 30 operadoras de TV por assinatura e queremos continuar com este processo de expansão” – explicam os diretores do CEI, ressaltando que para isso é fundamental a colaboração de um maior número possível de pessoas.
Uma das formas de colaborar é associando-se ao Clube Amigos da TVCEI.
O valor da contribuição é de R$300,00, que pode ser feita em pagamento à vista ou dividida em até quatro parcelas de R$75,00 nos cartões de crédito Mastercard, Visa e Diners Club International.
Os integrantes do Clube receberão todo mês um brinde, com dois DVD, totalizando ao final de 12 meses 24 DVD.
Os interessados devem acessar www.tvcei.com. Informações também pelo telefone (61) 3038-8411, correio eletrônico clube@tvcei.com ou diretamente com o CEI: SGAN 909 – Conjunto F – Asa Norte – CEP 70790-090 Brasília, DF.
***
Seminário sobre mediunidade discute esperanças e consolações
O C. E. Lar João Batista realiza nos dias 13 e 14 de julho o Seminário sobre Mediunidade, que em 2012 alcança a marca de sua 22.ª edição. Desta vez, o tema central é “Mediunidade: das esperanças e consolações”, perseguindo as orientações de Allan Kardec: “Mediunidade é uma faculdade dada para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em trampolim para alcançar seja o que for que não corresponda aos desígnios da Providência”.
A abertura do encontro acontece às 19h30 do sai 13 – uma sexta-feira –, com uma apresentação artística seguida da conferência sobre o tema. As atividades prosseguem no sábado (dia 14), quando às 9h Jurandir Sena fala sobre “Compromisso e redenção” e, após o intervalo, a dupla André Nery e Hilvan Santos tratará do tema “Conquistando a autoeducação”, após o que haverá uma rodada de perguntas e respostas.
À tarde, Salete Matos abordará a “Sintonia mediúnica – a cada um segundo suas obras”, seguida por Solange Meinking (foto), que analisará o “Mercantilismo mediúnico”, antes de outra rodada de perguntas e respostas. O seminário será encerrado pelo médium José Medrado, que explorará o tema “Os desafios de ontem e de hoje”.
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POESIA
Livro espírita
Alfredo Nora
Livro espírita - alegria
Da verdade clara e boa,
Escola que aperfeiçoa,
Instrui, consola, auxilia...
Socorro - beneficia,
Refúgio - guarda e abençoa,
Ampara toda pessoa
Que à luz dele se confia.
Livro espírita - colmeia
De apelos à nova ideia,
Templo, lâmpada, charrua...
Onde serve de atalaia,
A morte recebe vaia
E a vida se perpetua.
(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier na noite de 26.2.1969, em reunião da Comunhão Espírita Cristã - Uberaba - MG.)
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Aniversariantes do Trimestre
Abril
11 – Carol
19 – Euclésia
23 – Norma
25 – José Hermínio
27 – Vera Myrtes
Maio
01 – Gisella
12 – Joana
14 – Márcia
20 – Cícero José
25 – Maria da Glória
Junho
01 – Marcos
03 – Izabel Tavares
08 – Jane Selma
09 – Linda Socorro
11 – Aline Ramos
19 – Ana Cláudia
20 – Elisa
29 – Angélica Santos
Quanto mais o tempo passa
Mais aprendo a agradecer
Percebendo em tudo a graça
Do eterno alvorecer...
TVCEI expande seu sinal
Criada em 2006 pelo Conselho Espírita Internacional (CEI), a TVCEI vem expandindo seu sinal que hoje se estende, além da internet, à transmissão via satélite e operadoras de TV a cabo. “Já estamos com nosso sinal presente em mais de 30 operadoras de TV por assinatura e queremos continuar com este processo de expansão” – explicam os diretores do CEI, ressaltando que para isso é fundamental a colaboração de um maior número possível de pessoas.
Uma das formas de colaborar é associando-se ao Clube Amigos da TVCEI.
O valor da contribuição é de R$300,00, que pode ser feita em pagamento à vista ou dividida em até quatro parcelas de R$75,00 nos cartões de crédito Mastercard, Visa e Diners Club International.
Os integrantes do Clube receberão todo mês um brinde, com dois DVD, totalizando ao final de 12 meses 24 DVD.
Os interessados devem acessar www.tvcei.com. Informações também pelo telefone (61) 3038-8411, correio eletrônico clube@tvcei.com ou diretamente com o CEI: SGAN 909 – Conjunto F – Asa Norte – CEP 70790-090 Brasília, DF.
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Seminário sobre mediunidade discute esperanças e consolações
O C. E. Lar João Batista realiza nos dias 13 e 14 de julho o Seminário sobre Mediunidade, que em 2012 alcança a marca de sua 22.ª edição. Desta vez, o tema central é “Mediunidade: das esperanças e consolações”, perseguindo as orientações de Allan Kardec: “Mediunidade é uma faculdade dada para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em trampolim para alcançar seja o que for que não corresponda aos desígnios da Providência”.
A abertura do encontro acontece às 19h30 do sai 13 – uma sexta-feira –, com uma apresentação artística seguida da conferência sobre o tema. As atividades prosseguem no sábado (dia 14), quando às 9h Jurandir Sena fala sobre “Compromisso e redenção” e, após o intervalo, a dupla André Nery e Hilvan Santos tratará do tema “Conquistando a autoeducação”, após o que haverá uma rodada de perguntas e respostas.
À tarde, Salete Matos abordará a “Sintonia mediúnica – a cada um segundo suas obras”, seguida por Solange Meinking (foto), que analisará o “Mercantilismo mediúnico”, antes de outra rodada de perguntas e respostas. O seminário será encerrado pelo médium José Medrado, que explorará o tema “Os desafios de ontem e de hoje”.
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POESIA
Livro espírita
Alfredo Nora
Livro espírita - alegria
Da verdade clara e boa,
Escola que aperfeiçoa,
Instrui, consola, auxilia...
Socorro - beneficia,
Refúgio - guarda e abençoa,
Ampara toda pessoa
Que à luz dele se confia.
Livro espírita - colmeia
De apelos à nova ideia,
Templo, lâmpada, charrua...
Onde serve de atalaia,
A morte recebe vaia
E a vida se perpetua.
(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier na noite de 26.2.1969, em reunião da Comunhão Espírita Cristã - Uberaba - MG.)
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Aniversariantes do Trimestre
Abril
11 – Carol
19 – Euclésia
23 – Norma
25 – José Hermínio
27 – Vera Myrtes
Maio
01 – Gisella
12 – Joana
14 – Márcia
20 – Cícero José
25 – Maria da Glória
Junho
01 – Marcos
03 – Izabel Tavares
08 – Jane Selma
09 – Linda Socorro
11 – Aline Ramos
19 – Ana Cláudia
20 – Elisa
29 – Angélica Santos
Quanto mais o tempo passa
Mais aprendo a agradecer
Percebendo em tudo a graça
Do eterno alvorecer...
Número 20 - Página 6
DOUTRINA
A cura pela fé
Francisco Muniz - Jornalista e avô
O Espiritismo vem ao Homem, como revelação de Deus, com duas propostas distintas e complementares. A primeira surge como auxílio às criaturas que padecem as dores do corpo e da alma, proporcionando alívio e cursa de muitas enfermidades, que nascem na alma doente e se manifestam na estrutura orgânica, ou somática. Assim é que, compadecido da dor de seus filhos, Deus envia seus mensageiros, os “Espíritos do Senhor” de que nos fala o prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a fim de socorrerem os infortunados, através da ação benfazeja, voluntária e gratuita dos médiuns que, alistados nas hostes do Espírito de Verdade, que é o próprio Cristo, realizam a doação espontânea de fluidos salutares aos enfermos de toda sorte, confiando em que, pela ação misericordiosa da Providência, todos experimentem o bem estar desejado, o que algumas vezes se configura como cura.
Para tanto, isto é, para que a cura se faça efetiva, é preciso que se atente para a segunda proposta que a Doutrina Espírita estabelece na Terra junto a seus profitentes: o esclarecimento das criaturas acerca das causas de seus males, sejam espirituais ou físicos. Cabe ao Espiritismo, como continuador da obra do Cristo no mundo, disseminar as informações sobre a real condição ou natureza do ser humano, de forma a torná-lo consciente da realidade espiritual - que é a sua - e assim capacitar-se para o convívio o mais constantemente possível com a dimensão divina, que vibra no íntimo de cada um de nós. Tudo isto quer dizer que o grande dever do Homem é reconhecer sua essência espiritual e, instruindo-se nessa verdade, exercer todos os esforços que resultarão na cura efetiva de seus males. Não é por outra razão que as casas espíritas falam em reforma íntima, correspondendo a Kardec e a Jesus, o que só é possível pelo conhecimento que cada um tenha de si mesmo, identificando as mazelas que o prendem à inferioridade e despertando o potencial renovador que o elevará às esferas das realizações superiores.
É certo que a fé, ou seja, a confiança e a certeza de que Deus age sempre em benefício de seus filhos bem amados, tem papel preponderante nos processos de cura. O próprio Jesus, que realizou, conforme observamos no Evangelho, vários fenômenos de cura, referiu-se à fé como o mecanismo indis-pensável para se alcançar esse melho-ramento relativo à saúde. No entanto, Ele deixou claro que nenhuma daquelas curas foi feita por ato único de Sua vontade, mas todas corresponderam á manifestação do potencial de fé das criaturas beneficiadas. “A tua fé te curou”, dizia ele, alertando, contudo, para o fato de que cabe a nós mesmos curarmos nossas enfermidades, ao explicar que, ajudando-nos, o Céu nos ajudará, sendo imperioso, portanto, buscar o Reino de Deus para que tudo o mais nos seja dado por acréscimo de misericórdia.
Tudo isto, entretanto, exige um aprendizado e até lá é justo e válido que se recorra a terceiros com o propósito de se alcançar os benefícios que proporcionem a desejada cura. Não se deve esquecer, porém, que é a própria vontade que deve ser mobilizada em todos os sentidos no tocante à obtenção do estado mais saudável, sendo necessário, nesse âmbito, adotar uma postura diferenciada perante a vida e perante a própria consciência. Isto significa a realização da propalada reforma interior, que deve acontecer pela seriedade dos fatos e pela responsabilidade por parte de quem deseja efetivamente libertar-se dos males afligentes, sob pena de se prolongarem essas mazelas. “Vai e não peques mais, para que te não suceda coisa pior”, avisou o Mestre.
A cura pela fé
Francisco Muniz - Jornalista e avô
O Espiritismo vem ao Homem, como revelação de Deus, com duas propostas distintas e complementares. A primeira surge como auxílio às criaturas que padecem as dores do corpo e da alma, proporcionando alívio e cursa de muitas enfermidades, que nascem na alma doente e se manifestam na estrutura orgânica, ou somática. Assim é que, compadecido da dor de seus filhos, Deus envia seus mensageiros, os “Espíritos do Senhor” de que nos fala o prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a fim de socorrerem os infortunados, através da ação benfazeja, voluntária e gratuita dos médiuns que, alistados nas hostes do Espírito de Verdade, que é o próprio Cristo, realizam a doação espontânea de fluidos salutares aos enfermos de toda sorte, confiando em que, pela ação misericordiosa da Providência, todos experimentem o bem estar desejado, o que algumas vezes se configura como cura.
Para tanto, isto é, para que a cura se faça efetiva, é preciso que se atente para a segunda proposta que a Doutrina Espírita estabelece na Terra junto a seus profitentes: o esclarecimento das criaturas acerca das causas de seus males, sejam espirituais ou físicos. Cabe ao Espiritismo, como continuador da obra do Cristo no mundo, disseminar as informações sobre a real condição ou natureza do ser humano, de forma a torná-lo consciente da realidade espiritual - que é a sua - e assim capacitar-se para o convívio o mais constantemente possível com a dimensão divina, que vibra no íntimo de cada um de nós. Tudo isto quer dizer que o grande dever do Homem é reconhecer sua essência espiritual e, instruindo-se nessa verdade, exercer todos os esforços que resultarão na cura efetiva de seus males. Não é por outra razão que as casas espíritas falam em reforma íntima, correspondendo a Kardec e a Jesus, o que só é possível pelo conhecimento que cada um tenha de si mesmo, identificando as mazelas que o prendem à inferioridade e despertando o potencial renovador que o elevará às esferas das realizações superiores.
É certo que a fé, ou seja, a confiança e a certeza de que Deus age sempre em benefício de seus filhos bem amados, tem papel preponderante nos processos de cura. O próprio Jesus, que realizou, conforme observamos no Evangelho, vários fenômenos de cura, referiu-se à fé como o mecanismo indis-pensável para se alcançar esse melho-ramento relativo à saúde. No entanto, Ele deixou claro que nenhuma daquelas curas foi feita por ato único de Sua vontade, mas todas corresponderam á manifestação do potencial de fé das criaturas beneficiadas. “A tua fé te curou”, dizia ele, alertando, contudo, para o fato de que cabe a nós mesmos curarmos nossas enfermidades, ao explicar que, ajudando-nos, o Céu nos ajudará, sendo imperioso, portanto, buscar o Reino de Deus para que tudo o mais nos seja dado por acréscimo de misericórdia.
Tudo isto, entretanto, exige um aprendizado e até lá é justo e válido que se recorra a terceiros com o propósito de se alcançar os benefícios que proporcionem a desejada cura. Não se deve esquecer, porém, que é a própria vontade que deve ser mobilizada em todos os sentidos no tocante à obtenção do estado mais saudável, sendo necessário, nesse âmbito, adotar uma postura diferenciada perante a vida e perante a própria consciência. Isto significa a realização da propalada reforma interior, que deve acontecer pela seriedade dos fatos e pela responsabilidade por parte de quem deseja efetivamente libertar-se dos males afligentes, sob pena de se prolongarem essas mazelas. “Vai e não peques mais, para que te não suceda coisa pior”, avisou o Mestre.
Número 20 - Página 7
HUMOR
Charge
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Síndrome do arco íris
- Quando iniciei a “carreira” de expositor da Doutrina Espírita, sofri a “síndrome do arco íris”, que costuma acometer os neófitos nessa atividade. Nesses momentos, costumamos tremer que nem vara verde, a boca resseca e o estômago se contorce. E o microfone, então, se não der choque, parece que pesa uma tonelada!
- Como é essa “síndrome”, Sr. Francisco?
- É assim: no começo, dá aquele branco na mente; seu rosto fica vermelho; o sorriso se torna amarelo e você corre o risco de receber o “bilhete azul”...
***
CURIOSIDADES
Mantida pela “Confederación Espírita Colombiana” (Confecol), de Bogotá, a Rádio Colômbia Espírita transmite 24 horas de programação pela internet. “Pelo direito à vida”, “Espiritismo para todos” e “Noticiário espírita” são alguns dos programas na grade da emissora. Endereço: radiocolombiaespirita.com.
A nova edição de “The Spiritist Magazine” (A Revista Espírita), que traz matéria especial sobre a “Transição planetária”, marca também uma nova fase para a publicação lançada por Allan Kardec e hoje continuada pelo Conselho Espírita Internacional. A revista passa a circular agora somente no formato digital, priorizando a questão ambiental e facilitando o acesso a um maior número de leitores. A distribuição é trimestral e a assinatura pode ser feita pelo correio eletrônico info@thespiritistmagazine.com. Outras informações em thespiritistmagazine.com.
Segundo a definição de Allan Kardec, “fatos espíritas” são todos os fenômenos causados pela intervenção de inteligências desencarnadas, ou seja, por espíritos. Kardec já havia esclarecido que os fatos espíritas são de todos os tempos, uma vez que a mediunidade é uma condição natural da espécie humana. Somente com o Espiritismo a mediunidade se define como uma condição natural da espécie humana, recebe a designação precisa de mediunidade e passa a ser tratada de maneira racional e científica.
Charge
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Síndrome do arco íris
- Quando iniciei a “carreira” de expositor da Doutrina Espírita, sofri a “síndrome do arco íris”, que costuma acometer os neófitos nessa atividade. Nesses momentos, costumamos tremer que nem vara verde, a boca resseca e o estômago se contorce. E o microfone, então, se não der choque, parece que pesa uma tonelada!
- Como é essa “síndrome”, Sr. Francisco?
- É assim: no começo, dá aquele branco na mente; seu rosto fica vermelho; o sorriso se torna amarelo e você corre o risco de receber o “bilhete azul”...
CURIOSIDADES
Mantida pela “Confederación Espírita Colombiana” (Confecol), de Bogotá, a Rádio Colômbia Espírita transmite 24 horas de programação pela internet. “Pelo direito à vida”, “Espiritismo para todos” e “Noticiário espírita” são alguns dos programas na grade da emissora. Endereço: radiocolombiaespirita.com.
A nova edição de “The Spiritist Magazine” (A Revista Espírita), que traz matéria especial sobre a “Transição planetária”, marca também uma nova fase para a publicação lançada por Allan Kardec e hoje continuada pelo Conselho Espírita Internacional. A revista passa a circular agora somente no formato digital, priorizando a questão ambiental e facilitando o acesso a um maior número de leitores. A distribuição é trimestral e a assinatura pode ser feita pelo correio eletrônico info@thespiritistmagazine.com. Outras informações em thespiritistmagazine.com.
Segundo a definição de Allan Kardec, “fatos espíritas” são todos os fenômenos causados pela intervenção de inteligências desencarnadas, ou seja, por espíritos. Kardec já havia esclarecido que os fatos espíritas são de todos os tempos, uma vez que a mediunidade é uma condição natural da espécie humana. Somente com o Espiritismo a mediunidade se define como uma condição natural da espécie humana, recebe a designação precisa de mediunidade e passa a ser tratada de maneira racional e científica.
Número 20 - Página 8
OPINIÃO
O espírito quis - ou o impacto de uma imagem
José Medrado
Médium, expositor, fundador e dirigente da Cidade da Luz
Sempre passo aos que me ouvem o entendimento do inesquecível mestre Chico Xavier de que, em termos de comunicação espiritual, principalmente de entes queridos, o telefone só toca de lá – do mundo espiritual – para cá. Aduzia, ainda, que não deveremos jamais nos preocupar, pois quando o espírito quiser e puder, dará sempre um jeito para fazer chegar a sua mensagem aos seus familiares.
Foi assim que aconteceu quando, neste novo trabalho mediúnico que agrego aos outros, o da escultura, Aleijadinho fez sua segunda obra e eu a apresentei no Centro e no Facebook; a partir daí, o inesperado aconteceu: no e-mail da Cidade da Luz, recebemos a seguinte mensagem – aqui transcrita com autorização dos seus autores, ipsis litteris: “Bom dia, gostaria de poder conversar com Medrado em relação a uma pintura mediúnica publicada no dia de Corpus Christi, feita por Aleijadinho. A imagem é de minha mãe. Eu, minha família e amigos que viram a imagem pelo facebook estamos sem entender... Gostaria de conversar com ele, ver essa pintura de perto e tentar entender. Mainha desencarnou, há 03 meses, por vários motivos de doenças, aos 59 anos. Preciso dessa conversa com Medrado, estamos querendo entender. Porque a imagem à semelhança dela? Ela está sofrendo? Precisamos de ajuda também. Agradecemos eu e meus irmãos. Aguardo contato.”
Verônica comentou que, quando viu a escultura no Face, de imediato, disse para si mesma: “É minha mãe!”. E acrescentou: “Essa expressão de sofrimento lembrou mainha quando entrou em coma". Chamou o filho de 8 anos para mostrar o que era uma escultura mediúnica e, para sua surpresa, ele exclamou: “Quem desenhou minha avó?”
No Face, Verônica compartilhou a escultura com familiares, sem qualquer comentário. Recebeu telefonema de uma cunhada que lhe perguntou porque ia colocar, na sepultura da sua mãe, uma imagem dela com expressão de sofrimento. Imaginou que Verônica havia encomendado a imagem para colocação no Jardim da Saudade, na campa da Sra. Isaura de Santana Reis, sua mãe, falecida a 2 de março de 2012.
Após ver a escultura, pessoalmente, na Cidade da Luz, na doutrinária de 12.06.12, Verônica e sua irmã firmaram a certeza de que era, realmente, a mãe delas, D. Isaura, falecida há três meses e poucos dias. Familiares outros que as acompanhavam também concordaram.
O detalhe do processo é que, quando menina, Verônica chegou a ir com a mãe à Cidade da Luz, mas nunca mais elas voltaram. Muitos poderão elucubrar o que quiserem; a verdade, no entanto, é que a família se sentiu consolada, confortada, e é isso que importa e D. Isaura mandou a sua mensagem, talvez ainda de muita tristeza e saudade, ou talvez de um pouco de dor remanescente dos seus últimos dias, fazendo com que todos se envolvam no processo de oração e certeza de que a mãe ainda os tem na lembrança e no coração.
Assim, aos que creem continua a ratificação do natural processo da vida, no pós-morte; já aos que não, persistirão as dúvidas até a morte.
O espírito quis - ou o impacto de uma imagem
José Medrado
Médium, expositor, fundador e dirigente da Cidade da Luz
Sempre passo aos que me ouvem o entendimento do inesquecível mestre Chico Xavier de que, em termos de comunicação espiritual, principalmente de entes queridos, o telefone só toca de lá – do mundo espiritual – para cá. Aduzia, ainda, que não deveremos jamais nos preocupar, pois quando o espírito quiser e puder, dará sempre um jeito para fazer chegar a sua mensagem aos seus familiares.
Foi assim que aconteceu quando, neste novo trabalho mediúnico que agrego aos outros, o da escultura, Aleijadinho fez sua segunda obra e eu a apresentei no Centro e no Facebook; a partir daí, o inesperado aconteceu: no e-mail da Cidade da Luz, recebemos a seguinte mensagem – aqui transcrita com autorização dos seus autores, ipsis litteris: “Bom dia, gostaria de poder conversar com Medrado em relação a uma pintura mediúnica publicada no dia de Corpus Christi, feita por Aleijadinho. A imagem é de minha mãe. Eu, minha família e amigos que viram a imagem pelo facebook estamos sem entender... Gostaria de conversar com ele, ver essa pintura de perto e tentar entender. Mainha desencarnou, há 03 meses, por vários motivos de doenças, aos 59 anos. Preciso dessa conversa com Medrado, estamos querendo entender. Porque a imagem à semelhança dela? Ela está sofrendo? Precisamos de ajuda também. Agradecemos eu e meus irmãos. Aguardo contato.”
Verônica comentou que, quando viu a escultura no Face, de imediato, disse para si mesma: “É minha mãe!”. E acrescentou: “Essa expressão de sofrimento lembrou mainha quando entrou em coma". Chamou o filho de 8 anos para mostrar o que era uma escultura mediúnica e, para sua surpresa, ele exclamou: “Quem desenhou minha avó?”
No Face, Verônica compartilhou a escultura com familiares, sem qualquer comentário. Recebeu telefonema de uma cunhada que lhe perguntou porque ia colocar, na sepultura da sua mãe, uma imagem dela com expressão de sofrimento. Imaginou que Verônica havia encomendado a imagem para colocação no Jardim da Saudade, na campa da Sra. Isaura de Santana Reis, sua mãe, falecida a 2 de março de 2012.
Após ver a escultura, pessoalmente, na Cidade da Luz, na doutrinária de 12.06.12, Verônica e sua irmã firmaram a certeza de que era, realmente, a mãe delas, D. Isaura, falecida há três meses e poucos dias. Familiares outros que as acompanhavam também concordaram.
O detalhe do processo é que, quando menina, Verônica chegou a ir com a mãe à Cidade da Luz, mas nunca mais elas voltaram. Muitos poderão elucubrar o que quiserem; a verdade, no entanto, é que a família se sentiu consolada, confortada, e é isso que importa e D. Isaura mandou a sua mensagem, talvez ainda de muita tristeza e saudade, ou talvez de um pouco de dor remanescente dos seus últimos dias, fazendo com que todos se envolvam no processo de oração e certeza de que a mãe ainda os tem na lembrança e no coração.
Assim, aos que creem continua a ratificação do natural processo da vida, no pós-morte; já aos que não, persistirão as dúvidas até a morte.
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