OPINIÃO
Mediunidade como alavanca evolutiva
Messias Canuto - expositor e pesquisador espírita
Pelo que se aprende tanto na literatura científica, quanto na espiritualista, o processo evolutivo está entre as leis naturais, posto que atinge a tudo e todos indistintamente, mostrando-e harmônico, democrático e universal. A evolução humana engloba escolhas e suas consequências: sejam equilibrantes e geradoras de paz e saúde integral, sejam geradoras de intrigas ou dores, prejudicando a ordem natural do progresso. Só aos homens está concedido este direito, não cabendo aos animais inferiores estas escolhas conscientes.
Dentre as várias opções que parecem caber à Inteligência Suprema - Deus - como estímulo à evolução das suas criaturas, destaca-se o aperfeiçoamento do psiquismo humano desde o tempo das cavernas, ascendendo gradualmente para o despertar das faculdades mediúnicas através das vivencias do desdobramento do sono, conforme informa o Espírito André Luiz na obra Evolução em Dois Mundos, psicografada em dupla pelo médium Francisco Cândido Xavier e o médico Waldo Vieira.
Não se pode esquecer que estas conquistas foram possíveis pelo aperfeiçoamento em paralelo das estruturas cerebrais, através de operações no corpo espiritual, conforme nos alerta o Espírito Emmanuel na obra A Caminho da Luz, e o neurocirurgião Nubor Facure na sua obra O Cérebro e a Mente, Uma Conexão Espiritual.
Mesmo que ainda rudes e semi-embotados psiquicamente, do mais grotesco Australopithecus há cerca de 5 milhões de anos, ao mais recente Neanderthal, o princípio inteligente que os regia estruturava-se num mapa psíquico que incluía a mente como usina geradora de energia psíquica do Espírito, campo do pensamentos. Além desta, o corpo espiritual, perispírito ou psicossoma, segundo o Espírito André Luiz. estrutura não pensante, porém, com características eletromagnéticas numa outra faixa de frequência, plástica e modelável pela força e vontade do Espírito, verdadeiro campo de forças coerentes, com patrimônio genômico próprio e inevitavelmente intrincado com as funções biológicas. Há que citar ainda o Corpo Vital ou Duplo Etérico, campo neuropsíquico como informa André Luiz na obra Nos Domínios da Mediunidade, o qual é fundamental pra a compreensão do metabolismo do Fluido Cósmico e sua transformação em Fluido Vital e ectoplasma, ambos influenciando na manutenção da maquinaria biológica e fundamentais para compreensão das materializações.
Para o grande mestre lionês Allan Kardec, o estudo dos processos mediúnicos foi de grande relevância, não tanto por ter experienciado as mesas irantes - "...mesa farta de ciência, religião e filosofia", co mo afirma na conclusão de O Livro dos Espíritos -, mas pelo fato mesmo de deduzir daí o princípio da imortalidade da alma e a possibilidade de comunicação com os ditos mortos (desencarnados). Obtendo no Cap. XVI de O Livro dos Médiuns, basicamente através dos Espíritos Sócrates e Erasto, a informação das duas grandes categorias de médiuns - de efeitos físicos e de efeitos intelectuais - construiu com sua invulgar personalidade organizadora o maior e mais detalhado manual de orientação para o desenvolvimento e práticas experimentais das dezenas de variedades mediúnicas, da falante à de cura, da vidência à pintura, da inspiração à psicografia, etc.
Descrevendo a mediunidade como "luz que se manifesta através do corpo, mas cuja fonte procede do Espírito", Emmanuel leva-nos à compreensão de que as conquistas evolutivas do Espírito devem implicar na potencialização das faculdades mediúnicas, e reciprocamente, a prática honesta, desapegada e voluntária da mediunidade, deve implicar no melhoramento do ser tanto individual quanto coletivamente, haja vista atuar como elo psíquico numa rede multivariada de mentes desencarnadas que precisam do aconchego psicofísico proporcionado em grande parte dos processos de comunicação.
O médium, ao atuar com passividade e amir, coloca-se no "quadro de referência do outro" - vivencia o "ser do outro" com todas as suas angústias, dores, lágrimas, ou risos e alegrias. Verdadeira "ponte sobre pilares do amor, solidariedade, renúncia e dedicação".
Em paralelo com o aspecto assistencial da mediunidade, muito em uso em milhares de grupos no mundo, mais particularmente no Brasil, há inúmeros estudiosos e pesquisadores dedicados à exploração cuidadora dos processos das comunicações e da evidenciação da imortalidade da alma. Destacaremos dois autores por seus recente e criteriosos trabalhos:
- Dr. Alexander Moreira (2004) - Médico, defendeu tese de Doutorado na Faculdade de Medicina de São paulo, intitulada Fenomenologia das Experiências Mediúnicas, Perfil e Psicopatologia de Médiuns Espíritas. O estudo envolveu 115 médiuns escolhidos aleatoriamente nos centros espíritas de São Paulo. Foram aplicados questiona´rios sociodemográficos e de atividade mediúnica, além de questionários específicos da área psiquiátrica, como o SRQ (Self-Report Psychiatric Screening Questionnaire) e EAS (Escala de Adequação Social).
Concluiu, dentre vários resultados, que os médiuns estudados evidenciaram alto nível socioeducacional, baixa prevalência de transtornos psiquiátricos menores e razoável adequação social.
Ou seja: a atividade mediúnica não implica distúrbios psiquiátricos, nem sociopatias, o que, aliás, já fora afirmado por Kardec há mais de 150 anos.
- Gary E. R. Schwartz - Médico e professor pela Universidade do Arizona, vem desenvolvendo pesquisas com protocolos rigorosos, buscando evidenciar que alguns médiuns realmente podem ter autênticos dons parapsíquicos, e levantou questões fundamentais acerca da continuidade da consciência após a morte do corpo.
Na sua obra "The Afterlife Experiments", o Prof. Schwartz provoca com suas conclusões a rediscussão da temática da consciência pós-morte, considerada ingenuidade por muitos cientistas. É a ciência dos seres encarnados corroborando as afirmações catalogadas por Allan Kardec, vindas com sabedoria dos seres desencarnados, há mais de 150 anos.
Finalizando, agradecemos aos praticantes da mediunidade com fins assistenciais, os quais espalham luzes e alento na sua tarefa de amor e esclarecimento mútuo, ao passo que exortamos a estes mesmos médiuns, e aos espíritas em geral, a valorização do estudo organizado com equipe multidisciplinar, fundamentado na paciência e amorosidade ma também na organização e planejamento.
Não esqueçamos que Kardec foi um didata persistente e excelente catalogador de fatos e dados. Por isso, conseguiu fazer fluir a verdades espirituais aprendidas como se fossem as águas calmas de um rio - enquanto alimentam o solo da Terra (nós, os encarnados), refletem as nuvens do céu (a sabedoria dos espíritos reveladores).
Mediunidade como alavanca evolutiva
Messias Canuto - expositor e pesquisador espírita
Pelo que se aprende tanto na literatura científica, quanto na espiritualista, o processo evolutivo está entre as leis naturais, posto que atinge a tudo e todos indistintamente, mostrando-e harmônico, democrático e universal. A evolução humana engloba escolhas e suas consequências: sejam equilibrantes e geradoras de paz e saúde integral, sejam geradoras de intrigas ou dores, prejudicando a ordem natural do progresso. Só aos homens está concedido este direito, não cabendo aos animais inferiores estas escolhas conscientes.
Dentre as várias opções que parecem caber à Inteligência Suprema - Deus - como estímulo à evolução das suas criaturas, destaca-se o aperfeiçoamento do psiquismo humano desde o tempo das cavernas, ascendendo gradualmente para o despertar das faculdades mediúnicas através das vivencias do desdobramento do sono, conforme informa o Espírito André Luiz na obra Evolução em Dois Mundos, psicografada em dupla pelo médium Francisco Cândido Xavier e o médico Waldo Vieira.
Não se pode esquecer que estas conquistas foram possíveis pelo aperfeiçoamento em paralelo das estruturas cerebrais, através de operações no corpo espiritual, conforme nos alerta o Espírito Emmanuel na obra A Caminho da Luz, e o neurocirurgião Nubor Facure na sua obra O Cérebro e a Mente, Uma Conexão Espiritual.
Mesmo que ainda rudes e semi-embotados psiquicamente, do mais grotesco Australopithecus há cerca de 5 milhões de anos, ao mais recente Neanderthal, o princípio inteligente que os regia estruturava-se num mapa psíquico que incluía a mente como usina geradora de energia psíquica do Espírito, campo do pensamentos. Além desta, o corpo espiritual, perispírito ou psicossoma, segundo o Espírito André Luiz. estrutura não pensante, porém, com características eletromagnéticas numa outra faixa de frequência, plástica e modelável pela força e vontade do Espírito, verdadeiro campo de forças coerentes, com patrimônio genômico próprio e inevitavelmente intrincado com as funções biológicas. Há que citar ainda o Corpo Vital ou Duplo Etérico, campo neuropsíquico como informa André Luiz na obra Nos Domínios da Mediunidade, o qual é fundamental pra a compreensão do metabolismo do Fluido Cósmico e sua transformação em Fluido Vital e ectoplasma, ambos influenciando na manutenção da maquinaria biológica e fundamentais para compreensão das materializações.
Para o grande mestre lionês Allan Kardec, o estudo dos processos mediúnicos foi de grande relevância, não tanto por ter experienciado as mesas irantes - "...mesa farta de ciência, religião e filosofia", co mo afirma na conclusão de O Livro dos Espíritos -, mas pelo fato mesmo de deduzir daí o princípio da imortalidade da alma e a possibilidade de comunicação com os ditos mortos (desencarnados). Obtendo no Cap. XVI de O Livro dos Médiuns, basicamente através dos Espíritos Sócrates e Erasto, a informação das duas grandes categorias de médiuns - de efeitos físicos e de efeitos intelectuais - construiu com sua invulgar personalidade organizadora o maior e mais detalhado manual de orientação para o desenvolvimento e práticas experimentais das dezenas de variedades mediúnicas, da falante à de cura, da vidência à pintura, da inspiração à psicografia, etc.
Descrevendo a mediunidade como "luz que se manifesta através do corpo, mas cuja fonte procede do Espírito", Emmanuel leva-nos à compreensão de que as conquistas evolutivas do Espírito devem implicar na potencialização das faculdades mediúnicas, e reciprocamente, a prática honesta, desapegada e voluntária da mediunidade, deve implicar no melhoramento do ser tanto individual quanto coletivamente, haja vista atuar como elo psíquico numa rede multivariada de mentes desencarnadas que precisam do aconchego psicofísico proporcionado em grande parte dos processos de comunicação.
O médium, ao atuar com passividade e amir, coloca-se no "quadro de referência do outro" - vivencia o "ser do outro" com todas as suas angústias, dores, lágrimas, ou risos e alegrias. Verdadeira "ponte sobre pilares do amor, solidariedade, renúncia e dedicação".
Em paralelo com o aspecto assistencial da mediunidade, muito em uso em milhares de grupos no mundo, mais particularmente no Brasil, há inúmeros estudiosos e pesquisadores dedicados à exploração cuidadora dos processos das comunicações e da evidenciação da imortalidade da alma. Destacaremos dois autores por seus recente e criteriosos trabalhos:
- Dr. Alexander Moreira (2004) - Médico, defendeu tese de Doutorado na Faculdade de Medicina de São paulo, intitulada Fenomenologia das Experiências Mediúnicas, Perfil e Psicopatologia de Médiuns Espíritas. O estudo envolveu 115 médiuns escolhidos aleatoriamente nos centros espíritas de São Paulo. Foram aplicados questiona´rios sociodemográficos e de atividade mediúnica, além de questionários específicos da área psiquiátrica, como o SRQ (Self-Report Psychiatric Screening Questionnaire) e EAS (Escala de Adequação Social).
Concluiu, dentre vários resultados, que os médiuns estudados evidenciaram alto nível socioeducacional, baixa prevalência de transtornos psiquiátricos menores e razoável adequação social.
Ou seja: a atividade mediúnica não implica distúrbios psiquiátricos, nem sociopatias, o que, aliás, já fora afirmado por Kardec há mais de 150 anos.
- Gary E. R. Schwartz - Médico e professor pela Universidade do Arizona, vem desenvolvendo pesquisas com protocolos rigorosos, buscando evidenciar que alguns médiuns realmente podem ter autênticos dons parapsíquicos, e levantou questões fundamentais acerca da continuidade da consciência após a morte do corpo.
Na sua obra "The Afterlife Experiments", o Prof. Schwartz provoca com suas conclusões a rediscussão da temática da consciência pós-morte, considerada ingenuidade por muitos cientistas. É a ciência dos seres encarnados corroborando as afirmações catalogadas por Allan Kardec, vindas com sabedoria dos seres desencarnados, há mais de 150 anos.
Finalizando, agradecemos aos praticantes da mediunidade com fins assistenciais, os quais espalham luzes e alento na sua tarefa de amor e esclarecimento mútuo, ao passo que exortamos a estes mesmos médiuns, e aos espíritas em geral, a valorização do estudo organizado com equipe multidisciplinar, fundamentado na paciência e amorosidade ma também na organização e planejamento.
Não esqueçamos que Kardec foi um didata persistente e excelente catalogador de fatos e dados. Por isso, conseguiu fazer fluir a verdades espirituais aprendidas como se fossem as águas calmas de um rio - enquanto alimentam o solo da Terra (nós, os encarnados), refletem as nuvens do céu (a sabedoria dos espíritos reveladores).
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