DOUTRINA
O médium cristão consciente
Francisco Muniz
“É impossível ser feliz sozinho.” A frase é verso de música de um conceituado compositor brasileiro e mostra uma verdade que não se resume à relação de um casal apaixonado. Pelo contrário, esse conceito é observável em todos os aspectos da atividade humana, pelo fato de um homem só se realizar através de seus semelhantes, em suas necessidades evolutivas, considerando que todos somos espíritos em crescimento. Por isso nascemos em família, vivemos em grupo, convivemos em sociedade e nos encontramos na Humanidade. Só assim é possível experimentarmos o que se chama felicidade.
Nesse aspecto, a experiência como cristãos exige de nós uma responsabilidade considerável, porque se trata de irmos bem além do rótulo. Ser cristão implica bem mais que adotarmos esta ou aquela religião pautada nos ensinamentos do Cristo. Significa, em verdade, cumprirmos em nós mesmos as determinações de Jesus quanto à convivência em grupo, já que não vivemos sozinhos e precisamos uns dos outros para, nesse processo de interdependência, identificarmo-nos com a essência divina e assim termos sucesso nos relacionamentos todos que fazemos pela vida a fora.
Convém-nos, primordialmente, focalizar nestas reflexões o cristão-espírita, chamado mais diretamente a considerar e vivenciar sua condição de trabalhador consciente de sua posição nas esferas de atividade em que se vê convidado a colaborar, nas lides do Cristianismo Redivivo. A esse respeito, importa avaliarmos profunda e convenientemente nosso papel de médiuns, seja na Casa Espírita, seja nos vários setores da vida prática, a fim de construirmos e manifestarmos a necessária condição de seres conscientes da realidade que nos é própria.
Recordemos, a propósito, que a faculdade mediúnica, mercê da misericórdia divina, decorre de um compromisso em prol da auto iluminação, razão pela qual o estudioso da Doutrina Espírita, principalmente, não deve malbaratar os esforços da Espiritualidade em seu benefício, desprezando as ocasiões de serviço caritativo. Segundo o benfeitor espiritual Emmanuel, a mediunidade é “oportunidade de progresso e de redenção” para quantos recebam seus influxos, posto que os médiuns são os “filhos misérrimos” de Deus. Daí se entende por que é preciso aceitar a tarefa e desempenhá-la com responsabilidade.
É preciso entender, também, que essa conscientização guindará o médium à condição de mediunato, posto que, como trabalhador, ele tem uma missão da realizar no mundo, como instrumento dos Espíritos. É necessário, portanto que ele se aprimore sabendo que sua vida de devotamento será o mais das vezes um calvário, pelas lutas que será chamado a enfrentar. “Quando o médium atinge a plenitude de seu desenvolvimento mediúnico, começam as verdadeiras dificuldades”, avisa o Espírito Vianna de Carvalho, colaborando para a consciência dos sensitivos em atuação na esfera do Consolador: “Esse é o momento em que ele, mais do que nunca, precisa de conselhos, de prudência e experiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que lhe vão ser preparadas”.
Eis porque não dá para sermos felizes sozinhos. É necessário recorrermos uns aos outros, os mais incipientes apelando para os mais experientes e estes reciclando continuamente seus conhecimentos e aprimorando suas habilidades, a fim de que todos colaborem para a grande obra de regeneração da Humanidade, consoante os propósitos do Evangelho e da Doutrina dos Espíritos. Nesse sentido, o benfeitor Vianna de Carvalho alerta aos médiuns, especialmente àqueles que estão iniciando sua jornada de trabalho: “Se o médium pretender muito cedo voar com suas próprias asas, não tardará em ser vítima de espíritos mentirosos, que não se descuidarão de lhe explorar a presunção”. É imperioso, portanto, refrear os ímpetos e, amparados na prudência, buscarmos uma postura mais humilde e fazermo-nos instrumentos seguros e dóceis dos Espíritos do Senhor, recordando o convite do Cristo: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
O médium cristão consciente
Francisco Muniz
“É impossível ser feliz sozinho.” A frase é verso de música de um conceituado compositor brasileiro e mostra uma verdade que não se resume à relação de um casal apaixonado. Pelo contrário, esse conceito é observável em todos os aspectos da atividade humana, pelo fato de um homem só se realizar através de seus semelhantes, em suas necessidades evolutivas, considerando que todos somos espíritos em crescimento. Por isso nascemos em família, vivemos em grupo, convivemos em sociedade e nos encontramos na Humanidade. Só assim é possível experimentarmos o que se chama felicidade.
Nesse aspecto, a experiência como cristãos exige de nós uma responsabilidade considerável, porque se trata de irmos bem além do rótulo. Ser cristão implica bem mais que adotarmos esta ou aquela religião pautada nos ensinamentos do Cristo. Significa, em verdade, cumprirmos em nós mesmos as determinações de Jesus quanto à convivência em grupo, já que não vivemos sozinhos e precisamos uns dos outros para, nesse processo de interdependência, identificarmo-nos com a essência divina e assim termos sucesso nos relacionamentos todos que fazemos pela vida a fora.
Convém-nos, primordialmente, focalizar nestas reflexões o cristão-espírita, chamado mais diretamente a considerar e vivenciar sua condição de trabalhador consciente de sua posição nas esferas de atividade em que se vê convidado a colaborar, nas lides do Cristianismo Redivivo. A esse respeito, importa avaliarmos profunda e convenientemente nosso papel de médiuns, seja na Casa Espírita, seja nos vários setores da vida prática, a fim de construirmos e manifestarmos a necessária condição de seres conscientes da realidade que nos é própria.
Recordemos, a propósito, que a faculdade mediúnica, mercê da misericórdia divina, decorre de um compromisso em prol da auto iluminação, razão pela qual o estudioso da Doutrina Espírita, principalmente, não deve malbaratar os esforços da Espiritualidade em seu benefício, desprezando as ocasiões de serviço caritativo. Segundo o benfeitor espiritual Emmanuel, a mediunidade é “oportunidade de progresso e de redenção” para quantos recebam seus influxos, posto que os médiuns são os “filhos misérrimos” de Deus. Daí se entende por que é preciso aceitar a tarefa e desempenhá-la com responsabilidade.
É preciso entender, também, que essa conscientização guindará o médium à condição de mediunato, posto que, como trabalhador, ele tem uma missão da realizar no mundo, como instrumento dos Espíritos. É necessário, portanto que ele se aprimore sabendo que sua vida de devotamento será o mais das vezes um calvário, pelas lutas que será chamado a enfrentar. “Quando o médium atinge a plenitude de seu desenvolvimento mediúnico, começam as verdadeiras dificuldades”, avisa o Espírito Vianna de Carvalho, colaborando para a consciência dos sensitivos em atuação na esfera do Consolador: “Esse é o momento em que ele, mais do que nunca, precisa de conselhos, de prudência e experiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que lhe vão ser preparadas”.
Eis porque não dá para sermos felizes sozinhos. É necessário recorrermos uns aos outros, os mais incipientes apelando para os mais experientes e estes reciclando continuamente seus conhecimentos e aprimorando suas habilidades, a fim de que todos colaborem para a grande obra de regeneração da Humanidade, consoante os propósitos do Evangelho e da Doutrina dos Espíritos. Nesse sentido, o benfeitor Vianna de Carvalho alerta aos médiuns, especialmente àqueles que estão iniciando sua jornada de trabalho: “Se o médium pretender muito cedo voar com suas próprias asas, não tardará em ser vítima de espíritos mentirosos, que não se descuidarão de lhe explorar a presunção”. É imperioso, portanto, refrear os ímpetos e, amparados na prudência, buscarmos uma postura mais humilde e fazermo-nos instrumentos seguros e dóceis dos Espíritos do Senhor, recordando o convite do Cristo: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
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