MEMÓRIA
Bezerra de Menezes: médico dos pobres, apóstolo do Espiritismo no Brasil
"O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida."
Essas são palavras do "médico dos pobres", alcunha que o cearense Adolfo Bezerra de Menezes merecidamente conquistou, em decorrência de sua atuação junto à sua pobre clientela no Rio de Janeiro do fim do Império e início da República. Espírito abnegado, Bezerra ainda não era declaradamente espírita e já externava as qualidades de sua alma devotada aos mais necessitados, porque ele próprio experimentara essa condição, quando, sem recursos, decidira estudar Medicina na então capital do País. Ele só viria a conhecer o Espiritismo quando recebera de um amigo um exemplar de O Livro dos Espíritos, o qual lera de uma vez só, durante a viagem de bonde de volta para casa, ao fim do expediente em seu consultório.
A impressão de Bezerra quanto à primeira das obras básicas da Doutrina Espírita foi peculiar. Para ele, nada do que lera parecia novidade, porque "parecia que eu já era espírita!" A partir de então, Bezerra passou a dedicar-se integralmente ao Espiritismo, escrevendo artigos em jornais, com o pseudônimo de "Max", e atuando firmemente da Federação Espírita Brasileira (FEB), ocupando sua presidência em duas ocasiões. Sua atuação na FEB foi de certo modo decisiva para o rumo que o Espiritismo segue ainda hoje, fortemente marcado pela vivência da Caridade, em detrimento da direção cientificista que queriam dar à entidade.
Nascido em agosto de 1831, na localidade de Riacho do Sangue (CE), Bezerra de Menezes desencarnou a 11 de abril de 1900. Deixou uma contribuição exemplar ao movimento espírita brasileiro, ao ponto de ser cognominado "o apóstolo do Espiritismo no Brasil". Na condição de Espírito, segue espargindo luzes, em nome do Cristo, a fim de orientar os espíritas em sua caminhada progressista nas terras do Cruzeiro. E como a homenageá-lo, neste ano de 2007 uma produção cinematográfica imortaliza a figura desse abnegado discípulo de Jesus. "Bezerra de Menezes – o médico dos pobres" estreou no dia 29 de agosto, em vários cinemas do País, contando a história desse Espírito que em suas mensagens aos homens assina "o servidor humílimo de sempre".
*******************
POESIA
Construindo
Angélica Santos
Vejo os anos se passando
E tantos projetos a cosntruir,
Por que ficamos parados
Sem o tempo perseguir?
A vida nos dá oportunidades
Das quais não é lícito fugir
Temos então liberdade
De escolher e assumir.
De escolher um bom futuro
Que nos permita ajudar,
Derribando cercas e muros
Para que outros possam
caminhar
Aproveitemos o tempo
Sem valico a impedir
Desbravemos novos horizontes
Para em outras jornadas
prosseguir
********************
Homenagem aos pais
O pai meu; o pai seu; o pai nosso. Todos os pais. Os que estão no céu, os pais da terra, os de paz, os de guerra, o pai que assumiu, o pai que sumiu, o pai que voltou, o pai que você nunca viu, o que pai que é cego, o que vê demais, o pai que é mãe, a mãe que é pai, o pai que lê jornal, o pai que não lê nada, o pai brigão, o pai que conta piada, o pai que a gente ajuda, o pai que dá mesada, o pai elegante, o pai de camisa cavada, o pai viajante, o pai que não sei... Em nome do seu, do meu, de todos - em nome do Pai.
(Autor desconhecido)
Nenhum comentário:
Postar um comentário