quinta-feira, 9 de junho de 2011

Número 3 / Página 4

ENTREVISTA

BERNADETE SANTANA/Centro Espírita Deus, Luz e Verdade


“Eu era cega, surda e muda...”


1. O que o Centro Espírita Deus, Luz e Verdade representa, em sua visão, para a comunidade de Salvador e o que a Sra. percebe que ainda precisamos aprender?

O que o "Deus, Luz e Verdade" representa para a comunidade sofrida é a gente ter mais compreensão e saber como atender a todos que batem aqui na porta, e poder orientá-los para melhor entenderem, dentro do estudo e da capacidade de entendimento de cada um. Do contrário, nada apresentaria de diferente para eles, que todo o trabalho do CEDLV, para ajudar aos sofridos que batem à nossa porta, é esclarecendo a eles e incentivando para o estudo. E o que nós precisamos aprender é a ter mais humildade, mais amor, mais carinho, como Jesus ensinou. Se eu não tiver amor, como é que vou aprender a amar a mim e ao meu semelhante, se eu não sei amar ainda?

2. Como foi, para a Sra., administrar suas próprias dificuldades em face do desenvolvimento das habilidades mediúnicas afloradas?

Não foi difícil, não, pois quando eu enfrentei o trabalho, à primeira pergunta que o Irmão (Jerônimo) fez – "está pronta pra trabalhar?" – eu respondi de imediato: estou. Ele fez as colocações e eu apenas fui respondendo que sim. E fui unindo uma coisa com a outra e, aí, procurei conciliar o trabalho doméstico, de família, com meu trabalho espiritual, mas colocando em primeiro plano, claro, a família, dentro do esclarecimento e do tempo, pois houve uma programação correta de minha parte, com a ajuda de meu mentor, para não falhar nem com minha família nem com meus trabalhos espirituais.

3. O que a Sra. pode dizer como estímulo àqueles que estão começando a jornada?

O que posso dizer é que o máximo de força, de coragem, de orientação eu passo para eles, porque, na verdade, eu preciso de todos eles que vêm chegando. Dos que já se encontram e dos que vão chegando. E incentivando ao máximo para trabalharmos juntos, pois nossa Casa a cada dia cresce em seus trabalhos, devido aos sofrimentos daqueles que batem à nossa porta.

4. Começar do zero é sempre difícil. O que a Sra. não faria se tivesse que recomeçar?

O que eu não faria de novo eram meus erros, meus fracassos... E recomeçaria hoje, se dissesse "vou começar meu trabalho hoje", com mais empenho, com mais amor e mais esclarecimento. Porque, quando comecei, eu era cega, surda e muda. Como a uma criança, o Irmão Jerônimo foi me orientando, para que eu pudesse dar passos mais longos, mais tarde, como estudante. Mas no princípio... pois todo início é assim, difícil. E dei muito trabalhão a ele, como continuo dando, até hoje. Mas isso é muito importante e gratificante para mim.

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“Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas; não há o suficiente para a cobiça humana.”  (Mahatma Gandhi, líder espiritual)

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