sexta-feira, 10 de junho de 2011

Número 4 / Página 6

HOMENAGEM

Léon Denis, o apóstolo do Espiritismo

Biblioteca Marizângela Ortega (Lar João Batista)



Considerado um dos mais importantes divulgadores da Doutrina Espírita, através de livros, palestras, artigos em jornais, Léon Denis levou as ideias de Kardec para fora dos círculos intelectuais, entrando em conflito com religiosos, socialistas, políticos e estudiosos de seu tempo. Nasceu em Foug, na Alsácia Lorena, França, em 1 de janeiro de 1845, numa família pobre e católica, porém de vida exemplar. Conheceu as dificuldades materiais, o trabalho árduo, desde a infância, mas também as coisas belas, como os bosques, rios, lagos, as montanhas onde compreendia Deus, através da Natureza.
Aos 18 anos, conheceu Allan Kardec, em Tours, numa palestra em noite de luar num jardim público, cujo tema era a obsessão. Assimilou tão bem esses ensinamentos que se entregou ao estudo e à divulgação da Doutrina Espírita por toda sua vida, nela haurindo forças para enfrentar as lutas da caminhada, como a guerra, críticas, perda de entes queridos, mas sempre firme, amparado na fé em Deus e com o apoio de seu anjo protetor, Jerônimo de Praga, que o animava com o lema “Sempre para o mais alto!”
De acordo com Altivo Pamphiro, presidente do C. E. Léon Denis (CELD), do Rio de Janeiro, “ele teve na Doutrina Espírita uma importância comparável à de Paulo de Tarso no Cristianismo”. E o escritor Jaci Régis completa: “Sua obra é de grande sensibilidade e de alto alcance positivo, não só para a comunidade espírita como para toda a Humanidade”.
Por força de sua profissão, desde os 18 anos viaja muito como representante comercial, observando tudo sobre a vida e as coisas. Essa experiência o ajudaria muito na elaboração de seus livros. Denis amava a música e o teatro e sempre que possível assitia à ópera e concertos musicais. As vitrines das livrarias o atraíam sobremaneira e foi numa delas que encontrou O Livro dos Espíritos. Comprou um exemplar, levou-o para casa e entregou-se à leitura. O próprio Denis relata a impressão obtida com o livro de Kardec: “Nele encontrei a solução clara, completa e lógica acerca do problema universal”. Sua alma sentiu-se desperta para os compromissos assumidos no Além. Começou então sua tarefa de divulgação das verdades codificadas por Allan Kardec e, segundo os biógrafos, participou ativamente, junto com a Sra. Amélie Gabrielle Boudet, da organização de Obras Póstumas.
Integrante da Maçonaria, sendo aí líder e orador, o estudioso da Doutrina dos Espíritos dirigiu seu interesse para a investigação dos fenômenos mediúnicos. Anos mais tarde (1885), publicou seu primeiro livro espírita – O Porquê da Vida. Quando se iniciaram as primeiras assembléias mundiais do Espiritismo, Denis já se distinguia como escritor e palestrante. Ajudou a fortalecer e unificar o movimento, tornando-se seu líder, ao passo que se desligava gradativamente das lides maçônicas. Em 1905 concluiu sua obra mais conhecida, O Problema do Ser, do Destino e da Dor.
À medida que o tempo passava, via as mudanças sociais e dizia: “A transformação da sociedade não se dará pelas lutas de classe, mas, sim, pela evolução espiritual de cada ser humano”. Espírito persistente, foram 35 anos de viagens e conferências. Após a morte de sua mãe, como ele não tivesse constituído família, foi necessário contratar uma auxiliar para cuidar de sua casa. Mesmo com a saúde debilitada e quase cego, continuou a trabalhar. Em 1927 escreveu sua última obra – O Gênio Céltico e o Mundo Invisível -, um estudo sobre a civilização Celta.
Em 22 de março daquele ano, numa terça-feira, às 13 horas, com o corpo cansado e combalido pela pneumonia, mas ainda lúcido e calmo, falou a sua auxiliar, Georgette: “É preciso terminar, resumir e... concluir” – alusão feita ao prefácio da Edição Biográfica de Allan Kardec. E no dia 12 do mês seguinte, aos 81 anos, o apóstolo espírita embarca na viagem de regresso à Pátria Espiritual.

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Programação de Atividades do C. E. Lar João Batista


Doutrinárias 
Segunda-feira, 20 horas;
Quinta-feira, 16 horas;
Domingo, 10 horas.

Passes
Segunda-feira, 16 às 18 horas;
Terça-feira, 16h30 às 18h;
Quarta-feira, 10 às 11 e 16 às 18h;
Quinta-feira, 17 às 18 e 19 às 20h;
Sexta-feira, 16 às 18h;
Sábado, 15h30 às 16h30.

Entrevistas
Quarta-feira, 10 às 11 horas;
Sexta-feira, 15h30 às 17h30.

Escola mediúnica 
Quinta-feira, 20 às 21 horas;
Sábado, 15 às 16h30.

Curso básico
Domingo, 9h30 às 11 horas.

Grupos de estudo 
Terça-feira, 20 às 21h30;
Quarta-feira, 9 às 10h;
Quinta-feira, 20 às 21h30;
Sexta-feira, 15 às 16h.

Evangelização 
Sábado, 8h30 às 10 horas.

Pré-requisito para acesso a grupos de estudo: ter o Curso Básico.

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“O amor que compreende o erro é êmulo do amor que educa, da mesma forma que o amor que perdoa promove o amor que salva.” (Joanna de Angelis)

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