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Os 150 anos de “O Livro dos Espíritos”
Francisco Rosário - diretor do Departamento Doutrinário do C. E. Lar João Batista
Parece que foi ontem, entretanto, estamos completando 150 anos do lançamento da primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, que, para nós, é um marco na história da evolução humana.
Aos dezoito dias do mês de abril de 1857, em paris, era apresentado o primeiro pilar da codificação espírita, cumprindo, assim, o que fora estabelecido no Evangelho de João. Em março de 1860, viríamos a ter a nova versão revisada, a que hoje conhecemos, com as 1.019 questões.
O Espiritismo, como a terceira grande revelação para a humanidade, vem iluminar as nossas consciências, obscurecidas pela religião através dos séculos, e novamente nos convidar a viver os ensinamentos de Jesus como assim fizeram os primeiros cristãos.
“Amai-vos e instruí-vos”, este é o lema. Portanto, a nós, espíritas, cabem as tarefas de nos qualificarmos, humanizarmos e espiritizarmos, como nos propõe a benfeitura Joana de Ângelis, para que possamos disseminar o amor em todos os nossos atos, como nos orientou o grande Mestre. Se assim procedermos, poderemos, ao final desta jornada terrena, colher os doces frutos dos nossos esforços por termos sido hoje melhores do que ontem e, amanhã, melhores do que hoje.
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Terapia da Alma
Euclésia Costa - vice-presidente do C. E. Lar João Batista
Nos primórdios, o mestre, que também recebeu o título de professor, era quem detinha o conhecimento nas áreas da ciência, arte e técnica (disciplina), trabalhava tendo como base o QI (coeficiente intelectual), cuja missão era a passagem de conteúdo, a instrução. O outro não fazia parte do processo, mero receptor, passivo, não interagia, encontrando-se alheio.
O mundo não é estático, portanto, muda-se o paradigma, e o conhecimento sai do domínio exclusivista do mestre, que passa a ser intitulado facilitador, mediador, pois irá intermediar a troca de informações, ns diversas áreas, com o mediado. Este passa a fazer parte do processo, contribuindo como ser também ativo na construção do estudo e das pesquisas. Além do QI, percebe-se a presença de um novo aspecto que vem auxiliar a nova Pedagogia: o QE (coeficiente emocional), que norteia o comportamento e a situação de relacionamento.
O desenvolvimento técnico-científico impulsiona uma nova mudança de paradigma no processo ensino-aprendizagem e, com isso, surge um terceiro aspecto que dará uma sustentação à Pedagogia do educador: o SQ (coeficiente espiritual), cujo objetivo é desenvolver e aperfeiçoar virtudes que nortearão a boa convivência social. Esse exercerá a função de terapeuta, pois a sua meta passa a ser a transformação integral do ser.
Os conhecimentos são atua-lizados, acomodados, decodificados, internalizados e experimentados através dos vários tipos de linguagem, desde a verbal, a simbólica e a gestual, portanto, o corpo “fala”, se comunica. É necessário que o mediador terapeuta esteja atento aos movimentos e manifestações do seu parceiro constante.
Se não houver a leitura corporal em algumas situações é possível que haja ruído na comunicação, pois, no processo, um carinho, um gesto afetuoso, um toque em alguns momentos valem mais que uma palavra; ou seja, o sentir é melhor que o ouvir.
A amorosidade e o respeito são pré-requisitos fundamentais nessa terapia, então fale com o outro e seja um melhor ouvinte, companheiro, amigo, parceiro. Construam uma relação sincera, exercitem juntos a tolerância e a paciência, boas e velhas companhias que trazem consigo a harmonia e a alegria. Enfim, vivam a vida, compartilhem-na, pois ela é bela.
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